sábado, 30 de maio de 2015

Temperatura máxima pode matar por falência de órgãos

Quase todas as reações químicas do organismo têm como efeito colateral a produção de calor. Entretanto, nos casos extremos, quase sempre é fatal

Onda de calor de 47° C já matou cerca de 1.300 pessoas
A onda de calor que tem atingido a Índia, principalmente a região Sul do país, já deixou quase 1.400 pessoas mortas nesta semana. A temperatura em certas áreas ultrapassou 47 graus centígrados. 


Mas por que uma pessoa morre de calor? O aquecimento do clima pode matar de duas formas: por meio da desidratação ou provocando estresse e até mesmo a falência de alguns órgãos do corpo, como os rins e o coração.

Quase todas as reações químicas do organismo têm como efeito colateral a produção de calor, o que pode até ser desejável. Além disso, o corpo humano evoluiu muito bem para lidar com temperaturas baixas: nossa produção de calor é eficiente e há até um tipo de tecido adiposo, o marrom, especialista nessa tarefa.

No entanto, para lidar com o calor, a adaptação evolutiva do organismo foi insuficiente: o problema é que o recurso que se tem para lidar com situações extremas é a produção de suor, já que só perder calor pela pele ou pela respiração não resolve mais o problema. O suor, em contato com a superfície do corpo, absorve calor da pele e evapora, esfriando o organismo.

Mas, na verdade, essa estratégia é muito pouco eficiente e também provoca desidratação. Sem água, que representa 70% do organismo, o transporte de nutrientes, a função renal e até mesmo o movimento dos músculos (como o coração) é prejudicado.

Ainda mais grave é o fato de que, em uma condição atmosférica mais úmida, o aumento da temperatura corporal não é nem minimamente aliviado pela produção de suor, já que ele não evapora.

A partir dos 40 graus centígrados, existe a desestruturação das proteínas, que não conseguem mais cumprir com suas funções, como promover a respiração ou mesmo manter a forma (e a função) de um órgão como os rins.

O comprometimento pode ser tão grande a ponto de ser irreversível, e o organismo não conseguir mais se reparar, ou falir tentando se recompor. (das agências de notícias)

Saiba mais

Calor Em meio à intensa onda de calor na Índia, as autoridades suspenderam as licenças de médicos e orientaram as pessoas a não deixarem suas casas durante o dia.
 
O calor de mais de 47º C já deixou pelo menos 1.371 mortos nesta semana no país.
 
O sul do país é a zona mais afetada e a que registra o maior número de vítimas, sobretudo entre os operários, os sem-teto e os idosos, mais vulneráveis à insolação e à desidratação.
 
Somente no Estado de Andra Pradesh foram registradas 1.020 mortes.
FONTE: O POVO

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